A fotografia, como eu acredito, deveria ser um dos mais, se não o mais valioso, instrumento de contar a história de pessoas, seja no plano individual ou coletivo. Mas hoje, nessa modernidade caracterizada pela efemeridade e funcionalidade, ela está reduzida e limitada em sua significância ao desejo, ao desejo de anular-se e ser um outro. Desejo, como num teatro, de encenar e representar, exceto nos ritos sociais, poderíamos, no plano individual, definir a fotografia como desejo.
Valorizamos a fotografia porque ela nos dá conta do que existe, nos fornece informações... nossa visão diante de uma fotografia amplia-se a imagem fotográfica perfura nossas entranhas e...
Não existe na fotografia feita hoje, particularmente no plano individual, uma propriedade na beleza do fotografado, mas há um desejo e uma virtualidade. Há uma negação da realidade. Um desejo pelo desejo. Falta lealdade e sinceridade no plano individual, às pessoas fotografadas. A fotografia, mesmo retratando virtualidades, desejos ou o que não existe, possui um conteúdo da realidade e lealdade, que as pessoas não tem.
A história das pessoas na fotografia, como a fotografia contando história das pessoas num móvel, como se fosse um santuário, era comum ver em certas casas, gerações retratadas em porta retratos...Algumas dessas fotos, romanticamente amareladas pelo tempo... A árvore genealógica e a história de gerações, ali como um santuário no móvel da sala. A fotografia conta uma história.
Vc descreveu muito bem o q deveria ser uma fotografia.Eu ñ me sinto bem sendo fotografada.
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