segunda-feira, 21 de março de 2011

ÉTICA: É isso...

Ética é a ciência do comportamento do homem. Da formação do seu ser no contexto e prática sociais.
Determinamos a ética na realidade do homem. É do ser formado no contexto histórico social que parte a ética. De forma investigativa para compreender o comportamento individuo/coletivo do ser humano, o que o meio histórico social introjeta  no ser humano e o que o mesmo absolve desse mesmo meio. O homem é formado condicionalmente dentro de uma teorica prática histórica social, a mesma o constrói em quanto ser e ser social. Daí parte a ciência (Ética) que investiga esse comportamento adquirido produzindo de forma objetiva conhecimento no possível comprovável.
Toda e qualquer individuo numa sociedade qualquer isolado, ou agregado num plano individual ou coletivo é possuidor de ética ou de uma ética. È equivoco e erronio, como é muito comum ouvir que determinada pessoa não foi ética ou não teve ética. Toda e qualquer ação ou reação é alimentada, sustentada e movida por uma ética. O que cabe saber é: se determinada ação/reação é socialmente humana ou não, se convencional e moralmente são aceitas ou não... A ética não indica ou determina comportamentos, ela revela, desvela e evidencia suas raízes e porques. Cabe a ética investigar e revelar o que é bom e mal na conduta humana e social numa dada sociedade, numa conjuntura e contexto, mas não determina-los.
A moral, ao contrário da ética, surge no agir e comportar do homem quando esse supera seu estado de natureza inatitivo e passa conduzir e comportar-se movido pela moral vigente no contexto histórico social. Quer dizer, movido e constituído por hábitos e costumes sociais cultural ou não, pessoas num coletivo social relacionam-se e interrelacionam.
Cabe às pessoas, apropriar-se, tornar proprietárias de moral vigente e guiar suas vidas, sua conduta, postura e escolhas com discernimento nela. O contrario serão as pessoas movidas e guiadas pela moral vigente ai.
Ética vem do grego Ethos, que significa modo de ser ou caráter enquanto constituição de vida e personalidade, raiz de dentro para fora de uma ação/reação humana, aquilo que faz um homem ser aquilo que é.
As pessoas, associam ética e a ética ao bem ou uma boa ação, porque elas pressupõe que a ação humana  tem com objetivo o bem ou algo bom, quando necessariamente não é.
Às pessoas, ao fazerem essa associação elas estão idealizando ou aprisionando-se imaginariamente em uma inverdade ou ideal de verdade ou ação ideal.





PALAVRAS...NÃO PASSAM DE IMAGENS DA MATÉRIA. APAIXONAR-SE POR ELAS É APAIXONAR-SE POR UM QUADRO...

Uma das principais tarefas da linguagem e das palavras, não é nos revelar, enquanto eu ou pessoa, para o mundo ou no mundo. Mas, ajudar as nos compreender e participar, no e com o mundo. Com nossas palavras e discursos que nos intermédia e nos conecta ao e no mundo, elas não diz necessariamente, o que e quem somos e não há um dizer ou um querer e pretender dizer, sem um entender, um entender-se e fazer-se entender, e ainda, um aprender-se... palavra ou as palavras e se eu dize-las, é um eficaz e muito ousada, o instrumento na maioria das vezes esconder e se esconder, ocultar e ocultar-se... uma forma muito usada, consciente ou não para não dizer nada, e falar não desconsiderando muito menos desprezando: o que se fala e quem fala, e o que, na fala pretende dizer.
Em muitas situações, para não dizer na quase totalidade das vezes, a palavra eu não nomearia uma coisa ou pessoa pensante ou não pensante, mas simplesmente limita-se uma localização verbal... nas palavras e com as palavras, mostramos o que queremos ou nos é conveniente mostrar. Assim como vimos e aprendemos, o que queremos e nos convém. Há pessoas que habitam como pessoas nas palavras que possuem.
Palavra ou palavras, não dão contas de dizer aquilo que coisa e pessoas realmente são...


Fotografia e Família

Uma imagem parada dessa forma, qualquer pessoa dentro do senso comum e leiga no assunto, inclusive uma criança, definiria a fotografia ou uma fotografia.
Acertadamente é isso. Ou não é só isso. Poderíamos afirmar que uma fotografia, aos olhares mais atentos ou com um olhar mais demorado, é uma possibilidade de verdades, assim como, em um olhar mais apressado ou àqueles que tem a vida e cotidiano como um constante continuo, afirmamos ou poderíamos afirmar que uma fotografia é uma verdade absoluta, única indiscutível, o que é um perigo. Mas a fotografia, mesmo na mentira, é inegavelmente leal e sincera. É possível afirmar sem medo o risco de errar que: a fotografia é uma forma de miniatuarizar fatos, pessoas, objetos, emoções e sentimentos, para amplia-los e assim, vê no resultado (fotografia) a verdade/verdades que a fotografia nos diz de forma ampliada.
Fotografia é uma forma de dizer ou dês-dizer, ainda redizer o mundo, um mundo, mais ainda, uma forma de dizer que nós enquanto pessoas, assim como fatos e acontecimentos, não somos um continuo,temos uma causa e uma razão que nos constitui. Possuímos uma descontinuidade que nos constituem como se fossemos um mosaico. Acredito, que a forma mais precisa e concreta, a fotografia evidencia essa nossa característica.
Uma fotografia não é uma verdade absoluta inquestionavel, mas obedecendo, respeitando e reconhecendo a natureza do fotografado, é uma possibilidade de verdades, um dizer, re-dizer e dês-dizer o fotografado.
Aqui, com poucas palavras esta uma definição de fotografia, é possível, que alem desta aconteçam outras contraria ou não, complementares ou não... mas outras definições, uma vez que essa não é definitiva muito menos absoluta. Uma fotografia não é uma imagem inerte e passiva.


Cada um deveria saber apropriar-se... daquilo que é. Da sua beleza.

Muito se fala de beleza. As pessoas, em sua maioria, mais do que ser, desejam serem enxergadas como pessoas belas. Mesmo não possuindo dentro de si uma idéia clara e concreta , um conceito do que seja a beleza ou ser bela. Muitas adereçadas enfloradas estão bonitas ou parecem bonitas, ou ainda, estão bem arrumadas, consequentemente, com boa aparência. Necessariamente, não diz que elas são belas ou tem beleza, pode sim, terem bom gosto em produzir-se. Não é comum uma pessoa ouvir de outra: “Você é bonita”. Mas, é muito comum as pessoas dizerem: “Fulana/fulano está bonita”. Ninguém dentro de uma racionalidade comum sai à rua, exceto numa necessidade, sentindo-se ou “estando” feia, ou sem uma aparência bonita. Mas, afinal, o que é a beleza?
Sensações, emoções e sentimentos agradáveis e prazerosos, extraindo de nós e nossas entranhas uma alegria genuína e expontânea é o que constitui sentimento de beleza, a Fealdade extrai sentimentos contrários. Aquilo que, de fora de nós, toca nosso interior, extraindo das nossas entranhas , sensação e emoções de prazer e prazerosas, definimos como beleza.
         É muito comum falar em padrão de beleza ou beleza padrão. O que dizem e pretendem dizer, quando fala nisso, ou isso? A beleza e o belo, necessariamente, não está em objetos ou pessoas, fora de quem os vê e aprecia. Mas diante de objetos ou pessoas, com suas características e identidades própria, alguém, os observando e tocado por esses, pode de dentro de si, ser despertado e acordado esse sentimento de prazer e sensações agradáveis, quer dizer, sentimento, emoções e sensações de beleza ou Fealdade.
       Dentro de um processo histórico-social, o conceito e a idéia de beleza é um fenômeno flutuante, não é algo absoluto, dado e acabado. Caso existam, quais seriam os critérios para estabelecer um padrão de beleza ou uma beleza padrão?
 Quando as pessoas são ou estão belas, elas, são elas mesmas em sua personalidade e caráter? Será que uma pessoa, dentro desse padrão de beleza ou beleza padrão possuem identidade social? E, caso eu ou qualquer outra pessoa, não enquadrada no padrão de beleza ou beleza padrão, feios somos?
Todas as pessoas, assim como objetos, possuem sua forma, sua linha que as contornam e as desenham, proporcional ou não, e é isso que as caracterizam, e seus conteúdos as identifica e as definem, personalizando-as naquilo que elas são.
Genuína e inerentemente, as pessoas são movidas e constituídas por sentimentos, emoções, e desejos que as compõe...



Minha História está...

A  fotografia, como eu acredito, deveria ser um dos mais, se não o mais valioso, instrumento de contar a história de pessoas, seja no plano individual ou coletivo. Mas hoje, nessa modernidade caracterizada pela efemeridade e funcionalidade, ela está reduzida e limitada em sua significância  ao desejo, ao desejo de anular-se e ser um outro. Desejo, como num teatro, de encenar e representar, exceto nos ritos sociais, poderíamos, no plano individual, definir a fotografia como desejo.
Valorizamos a fotografia porque ela nos dá conta do que existe, nos fornece informações... nossa visão diante de uma fotografia amplia-se a imagem fotográfica perfura nossas entranhas e...
Não existe na fotografia feita hoje, particularmente no plano individual, uma propriedade na beleza do fotografado, mas há um desejo e uma virtualidade. Há uma negação da realidade. Um desejo pelo desejo. Falta lealdade e sinceridade no plano individual, às pessoas fotografadas. A fotografia, mesmo retratando virtualidades, desejos ou o que não existe, possui um conteúdo da realidade e lealdade, que as pessoas não tem.
A história das pessoas na fotografia, como a fotografia contando história das pessoas num móvel, como se fosse um santuário, era comum ver em certas casas, gerações retratadas em porta retratos...Algumas dessas fotos,  romanticamente amareladas pelo tempo... A árvore genealógica e a história de gerações, ali como um santuário no móvel da sala. A fotografia conta uma história.










A Família...

Até pouco tempo atrás, a fotografia  era um dos grandes símbolos da família ou a família era um dos grandes símbolos da fotografia... Quantas famílias reuniam-se em torno de um álbum de fotografia  para revisitar  sua história? Quantas famílias, através de um álbum de fotografia contavam histórias de pessoas?
Quantas famílias possuem no álbum de fotografia uma espécie de árvore genealógica?
A fotografia acompanhava a vida familiar... Através da fotografia, cada família  constrói e conta uma crônica, um retrato de si mesma.
O que acabou foi a fotografia família/familiar ou foi a família? Sem nenhuma pretensão para responder tal pergunta, afirmo que hoje, mesmo juntos, as pessoas na família estão órfãs e são isolodas, como se fossem uma propriedade privada.
 O vínculo? Exceto o sanguíneo , é funcional e de utilidade. Não há, quando existe é pouco, relação de afeto e amizade. Não há uma relação concretae fundamentada de afeto e amizade, na maioria das famílias hoje. As pessoas, generalizando, estão no mesmo no ceio familiar, órfã e isoladas. Sozinhas, cada uma dentro da família, no seu mundo e para seu mundo.
Como também era comum, porta retratos da família em diversas situações, espalhados pela casa como objeto de decoração. Nessas fotografias via-se o percurso histórico da família. A memória familiar. A fotografia e a família...