Uma pessoa como pessoa, é determinada e definida pelos seus valores e princípios morais herdados de família ou não, culturais e cultuados ou não. Mas por seus valores e princípios morais o que constitui dar vida e move a pessoa como pessoa, lhe permitindo uma concretude são seus sentimentos, suas emoções, seus desejos e suas vontades despertados e acordados pelo mundo e outras pessoas externa à ela. Quer dizer, quando ela relaciona-se com o mundo e outras pessoas, esses,de dentro dela desperta e acorda sentimentos, desejos, emoções, sensações e vontades que a constitue e a concretiza. A união de dois seres, um homem e uma mulher, não necessariamente se dá, no e com o Amor, mas principalmente, quase na totalidade das vezes, por paixão, desejo e pela vontade, ou ainda, conveniência e impulsos... Amar e o Amor é uma construção... Quando imaginamos estarmos realmente preenchidos pelo outro, estamos, de fato, preenchidos pelo nosso estado de alma, inflados e infladas do prazer que o outro, de dentro de nós, desperta e acorda, como se um outro ser no mesmo surgisse... Nesse estado, muitas vezes, pessoas caminham em si e em suas vidas, como se de olhos vedados, estivesse num labirinto.
O sentimento do Amor e de um Amor apaixonado não poderia e não pode acreditar em seu próprio fim, imaginar a sua morte e seu desaparecimento, e sua condição, dilatada e descuidada e do viver cotidiano e contínuo.
Na união de duas pessoas, o mais comum, quase como regra, é um fantasiar e idealizar o outro, além de nos fantasiar e nos idealizarmos...Por as pessoas estarem dentro delas cheia de tremores,rejeição e ambição do aceito, é raro saber quando elas estão fraudando-se ou sendo ela mesma... É terrível sentir-se à beira da possibilidade de realmente conhecer outra pessoa...De todos os perigos que partilhamos, muito provavelmente, o maior vem da nossa fantasia e idealização um sobre o outro. Quantas vezes, no desejo de sermos aceito enão sermos rejeitados, nos fraudamos e fantasiamos? Quantas vezes não somos quem somos...?